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Crianças vegetarianas

A alimentação vegetariana implica um conjunto diversificado de conceitos, variantes, vantagens e limitações para a saúde de quem a pratica, podendo variar entre uma simples restrição a carnes vermelhas ou uma total restrição ao consumo de alimentos de origem animal, bem como de alimentos que na sua produção impliquem o sacrifício animal, em maior ou menor grau.
Entre os vários tipos de dietas vegetarianas, a mais restritiva é a dieta vegan! Com total restrição do consumo e utilização de produtos que possam derivar de origem animal, com motivações não só por questões de saúde, mas especialmente adotada por um conjunto de pessoas que defendem e adotam filosofias de vida orientadas para este comportamento e estilo de vida, não apenas na alimentação.
Existem, em nutrição, conceitos como o valor biológico e a biodisponibilidade dos nutrientes, que correspondem à sua “qualidade” e capacidade que o organismo tem de os absorver e utilizar eficazmente. É também sabido, que o mesmo nutriente, tem biodisponibilidades diferentes de acordo com a sua origem e, no que respeita às proteínas, às vitaminas liposolúveis, a determinados sais minerais e ácidos gordos essenciais, a fonte de origem animal é essencial. Ou seja, o facto de 100 g de couve galega possuir cerca do dobro da quantidade de cálcio comparativamente a 100 ml de leite meio gordo, não significa, que o primeiro seja mais proveitoso para o organismo humano, antes pelo contrário. 
As fases da vida em que existam maior taxa de crescimento, desde a gravidez até à idade adulta, apenas devem ser sujeitas a dietas restritivas em casos pontuais e necessários. Pois todos os nutrientes são essenciais a um ótimo crescimento e desenvolvimento físico, intelectual e cognitivo.
Mais uma vez, a dieta mediterrânica e caracteristicamente portuguesa é das mais completas e equilibradas e, se verificarmos as suas rodas e pirâmides educacionais, com facilidade nos apercebemos que a maior e mais frequente ingesta alimentar deve de facto ser em alimentos de origem vegetal, mas exigindo a necessidade diária de alimentos de origem animal (laticínios, ovos, carnes e pescado).
Desde a mulher grávida, passando pelo bebé, criança, adolescente e jovem, são exemplos de fases da vida em que é necessário não apenas um consumo alimentar variado, mas também energético, por serem fases de crescimento e desenvolvimento essenciais. Quando restringimos a alimentação e a limitamos apenas a alimentos de origem vegetal, este crescimento e desenvolvimento estão em risco, resultando ou podendo resultar em situações de défices ou até mesmo de doenças.
A substituição total de alimentos de origem animal por alimentos de origem vegetal implica igualmente riscos para a saúde a médio/longo prazo, como no caso do leite e bebida de soja (rica em alumínio, fitatos e fitoestrogénios).
Deste modo, os vegan são considerados grupo de risco em termos nutritivos e consequentemente em termos de saúde em geral. Razão pela qual, devem sempre procurar a ajuda do nutricionista para tentar aproximar a sua ingestão dos valores nutritivos pretendidos e com o devido aconselhamento em suplementação alimentar, essencial desde a primeira infância. As adolescentes e jovens vegan são, de acordo com estudos realizados e, quanto a mim, uma verdadeira preocupação a este nível. Nomeadamente em questão de risco de anemia ferropénica e desnutrição, pois é uma idade em que são muito seletivas, praticando alimentações excessivamente restritivas do ponto de vista nutricional e, acrescendo o facto das perdas sanguíneas durante o período menstrual.
Embora não existam estudos científicos específicos e recomendações acerca da alimentação vegan em idades pediátricas, existem já algumas indicações acerca das alternativas alimentares para estes casos, referindo necessidade de reforçar a ingestão de frutos oleaginosos, leguminosas, cereais integrais e hortícolas e, de que as introduções alimentares dos alimentos de origem vegetal respeitar o preconizado para a alimentação omnívora.


Vanessa do Carmo

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